No final do século XIX, a qualidade do ar já era o maior patrimônio da pequena cidade de Mackinac, no nordeste dos Estados Unidos. Tanto que proliferaram ali instituições para atender tuberculosos. Ajudava a manter o ar limpo o fato de as vias locais serem ocupadas apenas por carruagens a cavalo, pedestres e ciclistas. A paz durou até a chegada dos primeiros veículos motorizados. Com seus escapamentos, eles comprometiam o tratamento dos doentes. E o ronco de seus motores assustava os animais. Resultado – no dia 6 de julho de 1898, o conselho municipal determinou: “a circulação de carruagens sem cavalos está proibida dentro dos limites da cidade”. A lei vale até hoje e não se tem notícia de protestos planejados pelos moradores, exigindo o direito de desfilar de carro pelas ruas de Mackinac.
Curiosamente, essa cidade que não admite automóveis está no Estado de Michigan, onde fica a cidade de Detroit e a sede das três maiores montadoras americanas: GM, Ford e Chrysler. Mackinac se espalha por 11,3 km², área um pouco menor que a ocupada pela cidade de São Caetano do Sul, no ABC paulista. É espaço suficiente para abrigar cerca de 100 carruagens, 600 cavalos, 5 mil bicicletas, 492 habitantes fixos e cerca de 15 mil turistas por dia durante a temporada de verão.
Esses números ajudam a manter, mais de um século depois, uma qualidade do ar invejável. A cidade atinge índice 97, numa escala em que 100 é o maior e melhor grau em termos de pureza. De acordo com relatório da Agência de Proteção Ambiental americana, a nota é baseada na medição diária de ozônio e outros poluentes presentes no ar.
Poderiamos imaginar que com o ar puro e pedalando os habitantes viveriam mais, porém não é bem assim, os habitantes vivem em média o mesmo que vive uma pessoa que mora em uma cidade onde o ar é poluido, pois eles fumam muito.
FONTE: http://www.istoe.com.br/
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